Fraturas supracondilianas do úmero nas crianças: avaliaçäo do resultado do tratamento cirúrgico / Supracondylar fractures of the humerus in children: a proposal analysis of the surgical treatment

Neste estudo fazemos uma análise prospectiva de 20 pacientes em crescimento, que apresentaram fraturas supracondilianas do úmero, submetidos a tratamento cirúrgico. Em janeiro de 1992 foi instituído protocolo de tratamento, padronizando o procedimento e acompanhamento. Esse grupo foi comparado com o de outras 29 crianças tratadas cirurgicamente antes dessa data, quando ainda nao havia padronizaçao da conduta. Este segundo grupo havia sido submetido a procedimentos diversos: 18 reduçoes cruentas por via posterior e fixaçao com fios de Kirschner, oito reduçoes incruentas e fixaçao percutânea, e três reduçoes cruentas por via anterior e fixaçao com fios de Kirschner. O resultado do tratamento desses dois grupos foi classificado e avaliado pelo método de Innocenti. Nao observamos diferença estatisticamente significante no resultado final entre os diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos empregados.

Desvio progressivo em valgo nas fraturas metafisárias proximais da tíbia nas crianças: "um desafio à lei de Wolff" / Progressive valgus deformity in proximal tibial metaphysis fractures in children: a challenge to Wolff principle

Trabalho baseado na reavaliaçao de oito pacientes, em idade de crescimento, que apresentaram fratura da metáfise proximal da tíbia e que, no acompanhamento tardio, evoluíram com deformidade em valgo progressivo. Em todos os casos, o tratamento inicial foi o incruento através da reduçao dos fragmentos e imobilizaçao gessada. Após 12 meses de acompanhamento, constatava-se deformidade em valgo da tíbia, de intensidade variável. Os autores revisaram a bibliografia existente, discutem as hipóteses etiológicas e alertam para a possibilidade da ocorrência, propondo condutas terapêuticas.

Seqüela da fratura de Monteggia na criança: tratamento tardio da luxaçäo da cabeça do rádio: apresentaçäo de dois casos / Sequelae of Monteggia's fracture in child: late treatment of radius head luxation: report of two cases

A principal sequela de fratura de Monteggia na criança é a luxaçäo da cabeça do rádio, que muitas vezes é o resultado da falta de diagnósticodas lesöes na fase aguda. Säo lesöes raras porém graves. Estudamos duas crianças com luxaçäo inveterada da cabeça do rádio tratadas em 1991 no Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Säo Paulo. O método utilizado para o tratamento foi a osteotomia de ulna e fixaçäo com placa, reduçäo aberta da cabeça do rádio com fixaçäo provisória com fio de Kirschner, além de imobilizaçäo com gesso axilopalmar, näo sendo realizada nenhuma reparaçäo do ligamento anular. Foram avaliadas as condiçöes funcionais pré e pós-operatórias, bem como as complicaçöes do tratamento

Fraturas subtrocantéricas do fêmur tratadas com placa condilar 95 graus A0: estudo prospectivo / Subtrochanteric femoral fractures trated by AO condylar plates: retrospective study

Este trabalho é um estudo retrospectivo das fraturas subtrocantéricas do fêmur tratadas no Pavilhäo Fernandinho Simonsen, no período de 1983 a 1991, com placa condilar AO de 95 graus. Säo 41 pacientes, apresentando-se a utilizaçäo de técnicas com reduçäo cruenta e anatômica, sempre que foi possível, ou a estabilizaçäo dos fragmentos nos casos de grande cominuiçäo. A idade média foi de 54,5 anos, sendo 56,0 por cento homens. Durante o acompanhamento ambulatorial, foi permitida carga parcial numa média de nove semanas e carga total com 17 semanas. O seguimento foi de 12 meses e verificou-se consolidaçäo numa média de quatro meses em 95,3 por cento dos pacientes. Conclui-se que o método utilizado para o tratamento destas fraturas foi satisfatório, quando bem indicado, embora se deva ter em conta os detalhes técnicos e a experiência cirúrgica para o sucesso do mesmo.

Fraturas ipsilaterais do fêmur e da tíbia / Ipsilateral fractures of the femur and tibia

De 1976 a 1983, foram tratados no Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Säo Paulo - "Pavilhäo Fernandinho Simonsen, 42 pacientes adultos com 43 fraturas ipsilaterais do fêmur e da tíbia: 26 foram submetidos ao tratamento cirúrgico, com fixaçäo das duas fraturas; 13 com fixaçäo de uma das fraturas; e 4 foram tratados por método incruento em ambas as fraturas. O tempo médio de seguimento foi de 36 meses. Do total de fraturas, 25 eram expostas; 27 pacientes apresentavam lesöes associadas (trauma craniano, torácico ou abdominal, incluindo-se também outras fraturas); 18 pacientes necessitaram de cuidados de terapia intensiva. Como intercorrências, foram observadas uma pseudartrose do fêmur, uma da tíbia, 3 amputaçöes de perna e 4 infecçöes. Considerando-se todos os tipos de tratamento empregados, foram obtidos 97% de consolidaçäo nas fraturas do fêmur e 91% de consolidaçäo nas fraturas da tíbia. Os resultados funcionais (grau de mobilidade articular e presença ou näo de dores nessa articulaçäo) mostraram 55,8% de bons resultados, 23,2% de resultados regulares e 21% de maus resultados. Os melhores resultados, favorecem a fixaçäo cirúrgica da fratura femoral, enquanto a fratura tibial pode ser tratada tanto cirúrgica quanto incruentamente. Entre as diversas opçöes terapêuticas utilizadas, a cirurgia global foi a mais eficiente nos casos mais graves e o tratamento incruento foi o mais insatisfatório